A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão (Seplag) de Osasco divulgou, na última semana, um estudo com as proporções de trabalhadores em setores vulneráveis e os impactos da pandemia do novo Coronavírus sobre o mercado de trabalho. Também há destaque para os valores injetados no município por meio dos programas federais de transferência de renda. O desemprego na cidade, no final de 2019, era estimado em cerca de 10% da população economicamente ativa.
Entre janeiro e fevereiro de 2020 há um pequeno crescimento (0,5%) no estoque de empregos formais na cidade, mas a partir de março a situação se deteriora e até maio de 2020 o estoque de empregos formais registra queda de cerca de 5%, o que corresponde a perda de aproximadamente 7 mil postos de trabalho.
CONFIRA O ESTUDO
Além dos efeitos altamente nocivos à saúde das pessoas, a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) também tem atingido de maneira negativa a economia. Desde março de 2020, quando os primeiros casos da doença foram registrados em Osasco, a equipe técnica da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) vem realizando esforços para compreender os impactos socioeconômicos da crise da Covid-19 sobre o município de Osasco.
De maneira a tornar estas análises disponíveis para a população, a SEPLAG divulga o relatório “Emprego, Vulnerabilidade e Acesso a Benefícios Assistenciais: a situação dos trabalhadores em Osasco no contexto da pandemia de Covid-19”, que pode ser acessado na seção Publicações, no item “Estudos Demográficos e Socioeconômicos“.
O relatório é dividido em três partes: a primeira busca compreender a vulnerabilidade do emprego dos trabalhadores em diferentes setores da economia no contexto da pandemia; a segunda detalha as estatísticas do emprego formal em tempos de Covid-19; por fim, a última apresenta os valores que os programas de transferência de renda do Governo Federal injetaram na economia municipal, por meio da população beneficiária.
Trabalhadores em situação de vulnerabilidade no contexto da pandemia
Partindo de análises originalmente elaboradas para o Brasil como um todo pela Rede de Políticas Públicas e Sociedade, a equipe da Sesplag estimou que 53% dos trabalhadores de Osasco experimentam algum nível de vulnerabilidade em seus empregos em razão da pandemia. Dentre os setores de atividade econômica mais afetados, estão: os serviços domésticos, cabeleireiros e salões de beleza, construção de edifícios e os restaurantes, lanchonetes e outros serviços de alimentação e bebidas.
Estatísticas sobre o mercado de trabalho em Osasco
Com o retorno da divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) no final de maio, tornou-se possível monitorar os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho formal osasquense. O primeiro bimestre de 2020 foi marcado por um pequeno crescimento do número de empregos em relação ao estoque do início do ano. Entretanto, observando a evolução até maio, registrou-se uma queda de 4,6% no estoque de empregos (o que representa uma perda de 6.769 vínculos empregatícios). Mais do que o aumento das demissões, observa-se uma redução no nível de admissões, sugerindo que as empresas preferiram em alguma medida manter o quadro de empregados e suspender a contratação de novos trabalhadores.
O Auxílio Emergencial e os demais benefícios federais recebidos pela população
Para minimizar os efeitos da pandemia sobre os trabalhadores mais vulneráveis, o Congresso Nacional aprovou no fim de março de 2020 o Auxílio Emergencial, que entre abril e maio já injetou na economia de Osasco cerca de R$ 100 milhões.
Considerando também outros programas federais de transferência de renda, como o BPC – Benefício de Prestação Continuada e o Bolsa Família, entre março e junho de 2020, um total de R$ 150 milhões já foram destinados à beneficiários residentes em Osasco, recursos que contribuem para amenizar os efeitos da crise econômica que atinge a cidade em razão da epidemia de COVID-19.