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O Mês de Março é conhecido pela cor Azul-Marinho em conscientização ao câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). O órgão estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no País. O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de colón, e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.
FATORES DE RISCO
O médico oncologista clínico Duílio Rocha, chefe da Unidade de Oncologia do Complexo Hospitalar da UFC (CH-UFC), vinculado à Rede Ebserh/MEC, explica que os fatores de risco são:
➡️ o sedentarismo;
➡️ sobrepeso;
➡️ alimentação pobre em fibras e rica em carnes processadas e vermelhas;
➡️ exposição à radiação, ao tabagismo e ao alcoolismo.
As medidas preventivas, então, envolvem principalmente evitar esses fatores, mantendo hábitos de vida saudáveis. A idade também aumenta a chance do aparecimento de tumores nessa região, sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Há casos, ainda, associados à hereditariedade, identificados quando existe um histórico familiar.
INVESTIGAÇÃO
Para uma investigação preliminar e preventiva, pode ser sugerida a análise de sangue oculto nas fezes. Quando é detectada essa presença, o principal exame mais específico é a colonoscopia, que permite avaliar toda a extensão do intestino grosso em busca de lesões que, caso existam, serão analisadas em biópsia. Também pode ser feita a retossigmoidoscopia para percepção de alterações na parte final do intestino. O acompanhamento médico determinará os passos para diagnóstico e procedimentos a serem feitos.
Segundo o oncologista Duílio, esse é um tipo de câncer com alta chance de cura, principalmente se identificado no estágio inicial. A cirurgia é o principal caminho para que o tumor seja retirado, mas também há possibilidade de ser realizada radioterapia e quimioterapia, além do auxílio de medicamentos no tratamento.
“Com essas medidas nós conseguimos curar com muita segurança”, ressaltou.