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O Sintrasp intensificou a fiscalização nas unidades de atendimento socioassistencial, como os Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros POP). Nestes locais, os Servidores atuam diretamente com populações em extrema vulnerabilidade. Durante visitas técnicas, a entidade documentou situações preocupantes, pois os profissionais lidam diariamente com agressões físicas, ferimentos graves e contato com pessoas portadoras de doenças infectocontagiosas, como tuberculose bacilífera.
A ausência de reconhecimento legal desses riscos, contudo, nega aos trabalhadores direitos fundamentais, apesar da natureza crítica de suas funções.
RISCOS
Além da exposição a agentes patogênicos, os Servidores enfrentam perigos ambientais como fezes de pombos (causadoras de criptococose) e animais peçonhentos, sem equipamentos de proteção individual adequados. Máscaras especiais e luvas são insuficientes para o manejo de sangue e secreções durante atendimentos em logradouros públicos ou unidades.
A precarização se estende ao transporte com veículos improvisados, sem acessibilidade, que obrigam funcionários a compartilhar espaços pequenos com munícipes enfermos durante deslocamentos – inclusive aos prontos-socorros.
REUNIÃO MARCADA COM A PROMOÇÃO SOCIAL
Diante das evidências colhidas in loco, a entidade marcou reunião com a Secretaria de Promoção Social para exigir protocolos de segurança e valorização profissional. Enquanto aguardamos respostas formais, seguiremos monitorando as unidades e pressionando por avanços concretos.
“São trabalhadores que atuam na linha de frente, expostos a condições desumanas sem qualquer contrapartida. Vamos pleitear a implementação de medidas diferenciadas que reconheçam a singularidade dessas atividades”, comenta nosso vice-presidente para Saúde Toninho do Caps.