Os Servidores em geral correm o risco de nos próximos dias levarem mais um duro golpe. Isso porque o Governo Federal encaminhará ao Congresso, nos próximos dias, o projeto da reforma administrativa, que deve prever o fim da estabilidade para Servidores públicos. Essa discussão foi acentuada ontem (6) entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em um encontro fora da agenda no Palácio da Alvorada.
O encontro dos presidentes também destacou a regra de ouro, mecanismo que proíbe o Governo de fazer dívidas para pagar despesas correntes, como salários, benefícios de aposentadoria, contas de luz e outros custeios da máquina pública. O Executivo também vai propor mudanças. Existem várias propostas em curso, e a ideia também é modificar essa importante regra.
ESTABILIDADE DO SERVIDOR
Acabar com a estabilidade do Servidor público, na prática, é sucatear ainda mais os serviços oferecidos a toda população. Muito se diz a respeito do Servidor ser preguiçoso, atender mal e não dar a atenção necessária. Mas não é assim. A realidade dos trabalhadores hoje é precária. Os mais de 5.500 municípios no País não pararam pelo empenho de muitos Servidores.
Assim como em todas as profissões, existem profissionais bons e ruins. Mas a grande gama do funcionalismo é responsável. É vítima de um sistema precário com suas limitações, salários arrochados, péssimas condições de trabalho, perseguições, entre outros. Para este Governo Federal, a alternativa é sempre tirar, e tirar apenas dos trabalhadores, do funcionalismo em geral.
Além disso, existe outra discussão jurídica, pois quando esses Servidores prestaram concursos, obedeceram a regra de um edital, tiveram a promessa de estabilidade e enfrentaram o período probatório, como se fosse uma experiência. O Governo Federal tem a missão de liderar o País. E o principal papel do líder é resolver os problemas, e resolver os problemas com soluções eficazes.
O fim da estabilidade do Servidor é mais um ataque covarde aos direitos desta categoria tão comprometida e empenhada na prestação dos serviços à população. O fim da estabilidade promoverá o sucateamento dos serviços públicos e arrochará ainda mais os salários que já são baixos. O Brasil precisa percorrer um caminho seguro e eliminar os atalhos.
João Carlos Ferreira
Secretário-geral do Sintrasp (Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Públicos de Osasco e Cotia)
Mas é todos anos q trabalho sem FGTS será p os novos ou todos os q já estão há tempo
O servidor não pode ficar pressionado pelo administrador como o são seus comissionados “se não votar em mim a casa cai”.